Dia Internacional da Tolerância – 16 de Novembro

O 2º PASSO – WORKSHOP “Salta Barreiras”

Como combinado, íamos voltar…
Desta vez para comemorar o Dia Internacional da Tolerância (16 de Novembro) realizou-se o WORKSHOP “Salta Barreiras”, no dia 13 de Novembro com as turmas do 12º C e E.

Este WORKSHOP teve como objectivo sensibilizar os alunos para a importância que o seu comportamento assume no dia-a-dia. Como vês não andamos aos saltinhos a tentar transpor obstáculos físicos! Pelo contrário, tentamos foi (re)pensar no comportamento que cada um assume em diversas situações e perceber quais são as barreiras interiores que cada um tem, como poderíamos saltá-las e ainda, pensar como se sentem as pessoas para as quais a sociedade constrói muros de cimento.

Exploramos algumas dinâmicas que permitiram abordar alguns temas como a (in)tolerância, o respeito pela diferença, cooperação, preconceito, discriminação entre outros.

Foi distribuído pelos alunos a história (ainda gosto de escrever com “h”…é do meu tempo…) A CIDADE DAS PESSOAS CARIMBADAS, que a seguir te deixamos:

A Cidade das Pessoas Carimbadas

Era uma vez uma cidade onde todas as pessoas tinham uma meia dúzia de carimbos estampados na cara: carimbos de várias cores e diferentes marcas, escarrapachados na testa, no queixo ou nas bochechas.

Havia carimbos postos pelos pais aos filhos desde pequeninos, outros vinham dos vizinhos, dos professores; dos médicos ou dos colegas de trabalho.

Podiam ser carimbos de muitas qualidades.

Por exemplo, algumas crianças ficavam com um carimbo azul, que dizia que eram filhos de pessoas importantes e por isso deviam ser também tratadas como pessoas importantes. Outras recebiam um carimbo castanho, a dizer que eram filhos de pessoas sem importância e não devia dar-se-lhes nenhuma atenção especial, porque iriam ser também gente sem importância.

Algumas crianças tinham um carimbo dourado, assinalando que na sua família havia pessoas muito inteligentes e que elas também eram com certeza muito inteligentes, e outras recebiam um carimbo roxo a avisar que tinham nascido numa família de gente estúpida, e que por isso também elas iam reprovar na escola por várias vezes.

Claro que havia muitas outras qualidades de carimbos, para marcar os doutores e os ignorantes, os da direita e os da esquerda, os honestos e os aldrabões, os puros e os viciados, fossem estes alcoólicos, toxicodependentes ou prostitutas, em suma, as pessoas boas e as pessoas más.

Uma coisa importante é que aqueles carimbos, uma vez postos, ficavam para sempre; e havia pessoas que todos os dias se olhavam ao espelho várias vezes, avivavam certos sinais e faziam por viver de acordo com os carimbos, bonitos ou feios, que tinham na cara. Também havia gente que procurava disfarçar os sinais de certos carimbos, mas por mais que as pessoas tentassem isto, os outros continuavam a atirar-lhes à cara com os carimbos que lhe tinham posto anteriormente e todos acabavam por se resignar a viver de acordo com os carimbos que traziam.

Até que um dia, voou sobre aquela cidade o Anjo da Liberdade. Não sei se já o viram alguma vez: é um anjo parecido com uma nuvem, que atravessa o céu muito devagar, como se fosse arrastado por uma brisa.

O Anjo da Liberdade olhou com atenção para aquelas pessoas e ficou triste porque estavam todas presas aos carimbos que traziam, sem que ninguém tivesse coragem para tentar mudar, até porque ninguém aceitava que outra pessoa passasse a agir de maneira diferente da que os seus carimbos lhe mandavam.

Então o Anjo descobriu: em vez de fazer batota, podia baralhar e dar de novo as cartas do jogo da vida. As pessoas que escolhessem depois...

Fim

Dá que pensar não dá??
Podes deixar aqui os teus comentários à História… uma sugestão… a tua opinião…

Este WORKSHOP foi realizado de forma positiva em ambas as turmas, tendo sido necessário prolongá-lo numa delas para dia 11 de Dezembro, terminando nesse mesmo dia.

A avaliação dos alunos é muito satisfatória pelo que MAIS WORKSHOPS serão realizados…a pedido de muitos :)

Estejam atentos… nós vamos andar por aí!!